terça-feira, 29 de setembro de 2015

Coluna Paulo Guedes: ÉTICA CRISTÃ - II


A ética cristã é o sistema de valores morais associados ao cristianismo histórico e que retira dele a sustentação teológica e filosófica de seus valores, sendo a alternativa para a nossa sociedade superficial e relativista. Ela opera a partir de diversos princípios e valores, que acredita revelados por Deus, através das sagradas Escrituras.
Falar de ética cristã nos dias de hoje é uma tarefa desafiadora, já que vivemos num mundo em que os valores e os costumes da sociedade têm se modificado com uma enorme rapidez. Podemos considerar que existem inúmeras posições éticas tomadas pelas pessoas. Não existe um padrão comum na maneira das pessoas encararem as questões que envolvem a vida.
A finalidade precípua da ética cristã é a regeneração espiritual da humanidade, para que seu comportamento se paute na mais perfeita obediência às leis de Deus, que estão devidamente organizadas e sistematizadas no Antigo e Novo Testamento. É preciso transferi-las dos papiros, pergaminhos e paginas de papel das atuais bíblias para a consciência do homem, passando a fazer parte do seu modus operandi, no lidar com o seu semelhante. Urge essa transferência para que as distorções claramente observadas nas diversas nações espalhadas pelo mundo, no que diz respeito à conduta moral do homem, possam ser corrigidas levando o ser humano, filho do Pai Supremo, ao estado de plena vivência do Evangelho.
Nas leis, nos profetas e no Evangelho de Cristo, encontramos a revelação do padrão moral. Os Dez Mandamentos e o Sermão das Bem-Aventuranças são a síntese da mais perfeita moral revelada por Deus. Encontramos nos referidos textos o roteiro divino para alcançarmos o Seu Reino. A mensagem representa o caminho da regeneração do homem e a conquista definitiva da paz.
A ética cristã fundamenta-se na vida e ensinamentos de Cristo e constitui-se a expressão máxima do amor.
Podemos dizer que a ética cristã é a grande síntese, é o compêndio dos supremos valores morais, baseado unicamente nas Sagradas Escrituras, sendo o norteador da conduta do homem, perante a vida, neste mundo. Não se trata de uma fórmula mágica para se chegar a Deus, mas um conjunto de regras e procedimentos que nos torna obedientes às leis de Deus, facultando-nos o direito de sermos chamados homens de bem.
Entre os motivos que devem impulsionar as pessoas em sua conduta está a imitação de Cristo (Rm 15: 5; Gl 2: 20; Ef 5: 1-2; Fp 2: 5). Outro motivo fundamental é o amor (Rm 12: 9-10; I Co 13: 1-13; 16: 14; Gl 5: 6). O viver ético é sempre o fruto do Espírito (Gl 5: 22-23).
Na sua argumentação ética, Paulo dá ênfase ao bem-estar da comunidade, o corpo de Cristo (Rm 12: 5; I Co 10: 17; 12, 13 e 27; Ef 4: 25; Gl 3: 28). Ao mesmo tempo, ele valoriza o indivíduo, o irmão por quem Cristo morreu (Rm 14: 15; I Co 8: 11; I Ts 4: 6; Fm  16).
Acima de tudo, o crente deve viver para Deus, de modo digno dEle, para o seu inteiro agrado: Rm 14: 8; II Co 5: 15; Fp 1: 27; Cl 1: 10; I Ts 2: 12; Tt 2: 12.

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